Especialistas confrontam teoria e prática da cobertura de TV digital

Em painel na manhã de quinta-feira, 24 de agosto, no Congresso SET, especialistas debateram questões práticas e teóricas da cobertura digital sob o comando de José Frederico Rehme, diretor da SET, diretor da TVCI e professor da Universidade Positivo, que abriu o encontro dizendo que, apesar da complexidade, o importante mesmo é fazer o sinal chegar com qualidade à casa do consumidor.

Marcello Martins, diretor executivo na iTVX, destacou a importância do uso dos softwares de predição e das análises regionais que as emissoras precisam fazer. “Cada emissora precisa entender bem os aspectos da sua região, cuidar deles e difundir entre os usuários qual a melhor antena”.

Anderson de Oliveira, responsável por projetos de telecom na RPC, emissora afiliada da Globo no Paraná, contou que foi feita a predição e escolhido o modelo de propagação. A emissora, então, começou a trabalhar com coberturas e as necessidades começaram a surgir. “Houve uma região que precisou da instalação de umgap filler, pois não adiantava melhorar a potência”, contou.

Luiz Ricardo Tonin, coordenador de projetos de radiodifusão da SM Facilities, também enfatizou a necessidade de se fazer projetos caso a caso, região por região. “Não é só potência. Não tem receita. Depende da geografia e da densidade demográfica”.

O painel contou ainda com a participação de Paulo Eduardo dos Reis Cardoso, doutorando e especialista em regulação da Unicamp/ Agência Nacional de Telecomunicações, Valderez de Almeida Donzelli, diretora da ADTHEC Engenharia e Sistemas, e Milos Pavlovic, diretor de vendas da Broadcast LS Telcom AG. German. Todos foram unânimes quanto à necessidade de se avaliar a qualidade de recepção na casa do usuário, não apenas focar no atendimento dos padrões da norma.