Com participação de representantes das TV do país, acessibilidade é tema de painel do SET EXPO

A plenária Acessibilidade: closed caption, libras, audiodescrição e atualização das normas, moderada por Caio Augusto Klein, gerente-executivo de operações da RBSTV/ SET tratou de acessibilidade e contou com a participação de representantes de redes de TV do Brasil.

Luiz Fausto, especialista em estratégia e regulatório da Rede Globo, falou sobre a regulamentação e recursos de acessibilidade nos programas de TV, como a legenda oculta (closed caption, a transcrição do áudio em língua portuguesa), que tem acionamento opcional, a audiodescrição, que ajuda a explicar as cenas com ajuda de uma narração para pessoas com deficiência visual e intelectual, e janela de libras, que tem um espaço delimitado no vídeo, no qual a tradução para a língua portuguesa de sinais é executada. “Desde 27 de julho, todos os programas exibidos no país precisam ter legenda oculta. A janela de libras também é obrigatória”, explicou.

 

O gerente de produtos EiTV entretenimento e interatividade para TV digital, Raphael Barbieri, deu detalhes das tecnologias que permitem as diferentes captações. Já Leandro Fernandes, coordenador-geral de programação da RBS TV, falou sobre a experiência de transmitir os três recursos de acessibilidade em 12 emissoras e em três grades de programação diferentes no Rio Grande do Sul, à época dos últimos debates eleitorais para as eleições municipais. “Tivemos que dar informações para as empresas nos prestaram esse serviço a respeito do espelho do programa, sobre os cenários, nomes e características dos participantes. Foram envolvidos 200 profissionais de TI, operações, entre outros, todos buscando entregar um serviço de alta qualidade”, contou.

 

Uniu-se ao debate Marcos Luis Padeti Junior, coordenador técnico da Record TV, abordando como a emissora se adequou às normas de acessibilidade. “A Record sempre se preocupou em manter o recurso de acessibilidade desde 2008”, afirmou. Para cumprir as duas horas diárias exigidas pela audiodescrição, a rede o fazia em programas pré-gravados, contou. “Este ano, com a crescente demanda do recurso de audiodescrição, passamos a trabalhar com esse serviço em programas ao vivo, que compõem entre 60% e 70% da grade de programação da TV Record”, finalizou.