O Poder dos Hackathons como Estratégia de Inovação Aberta

O poder dos hackathons como estratégia de inovação aberta

Cada vez mais cresce o número de segmentos que estão adotando estratégias de open innovation, uma metodologia que foi criada em 2003 na Universidade de Berkeley para ser aplicada em organizações que buscam promovem ideias, processos e pesquisas abertas com o objetivo de melhorar os seus produtos e serviços, identificarem e aproveitarem talentos, tornarem-se mais eficientes e atenderem melhor os seus clientes.
Entre as várias formas de se utilizar inovação aberta, a realização de Hackathons (maratonas de programação) vem se popularizando nos últimos anos, sendo um palco para ideias inovadoras nascerem como protótipos e trazendo benefícios transformadores para empresas e instituições.
Nesse painel vamos conhecer as experiências de quatro profissionais de áreas distintas com open innovation / hackathons e entendermos porque a adoção de modelos de inovação mais descentralizado e focados em colaboração são fundamentais para as organizações no mundo atual.

Moderador: José Salustiano Fagundes - CEO - HXD OTT Solutions

Empreendedor na área de inovação tecnológica, sócio-fundador da HIRIX Engenharia de Software e da HXD Smart Solutions, empresa que desde 2007 vem “pensando e fazendo a nova televisão no Brasil”. Foi membro do Conselho do Fórum SBTVD-T, tendo participado dos trabalhos para a adoção do componente de interatividade na TV digital. Participa do Comitê de Tecnologia da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), é pesquisador convidado do CITI (Centro Integrado de Tecnologias Interativas) e do LabArteMidia-Laboratório de Arte, Mídia e Tecnologias Digitais, ambos da Universidade de São Paulo (USP); e Embaixador da Campus Party, organização que reúne uma comunidade mundial de desenvolvedores e makers com a missão de "construir um novo código-fonte para o mundo".

HACKATHON: você deveria ir a um!

Por que você deveria assistir ou participar de um hackathon?
A experiência do hackathon tem se demonstrado estratégica para quem precisa de inovação!
Ele tem gerado uma grande oportunidade de catalisar a criação de ideias de impacto e a sua prática vem crescendo no Brasil junto a instituições e empresas de diversos segmentos.
O desafio de colocar a prova o empenho e a agilidade de equipes que, em um curto período (geralmente entre 24 e 72 horas), precisam desenvolver protótipos funcionais inovadores, vem também conquistando um público cada vez maior de participantes de áreas como TI, design, gestão, marketing, comunicação, além de empreendedores de startups.
Nessa apresentação vamos relatar um pouco da nossa experiência com hackathons nos últimos anos, desmistificando e incentivando seu uso pelo setor de radiodifusão.

Palestrante: Fernando Tomé - Sócio - Comnaction Inteligência Social

Trabalhou 17 anos em Comércio Exterior, até empreender na própria consultoria. Na sua terceira experiência como empreendedor foi co-fundador de três startups. Hoje na Comnaction – Inteligência Social, idealiza, organiza, realiza e faz curadoria de iniciativas de inovação e empreendedorismo digital. É Lead Brasil Ambassador do AngelHack e acredita que hackathons são uma ótima ferramenta de inovação aberta e educação experencial, já fez 15 em 2018. Estudou Economia no Mackenzie, Relações Internacionais no NUPRI/USP e Gestão de Negócios e Inovação na Escola de Negócios Fatec Sebrae.

Hackathon Globo: 4 edições de sucesso

Em 2015 as áreas de Tecnologia e Capital Humano da Globo se juntaram para organizar um Hackathon e desde então todo ano esse evento vem se realizando. Mais do que um evento de inovação aberta, o Hackathon Globo, que é hospedado na casa do programa BBB, promove a aproximação do público jovem, transformação de cultura e uma grande experiência de marca. Nessa palestra vamos mostrar os conceitos e formatos por trás desse evento e dividir um pouco da experiência nesses 4 anos de Hackathon.

Palestrante: Daniel Monteiro - Gerente de P&D - TV Globo

Engenheiro Eletrônico pela UFRJ e M.Sc em Processamento Digital de Sinais pela Coppe/UFRJ, tendo a área de compressão de vídeo como tema de pesquisa. Trabalha na área de Pesquisa e Desenvolvimento/Inovação da tecnologia da TV Globo desde 2000, onde hoje exerce a função de gerente do setor. Em 2002 trabalhou no centro de pesquisa da TV japonesa NHK realizando pesquisas com o padrão de compressão H.264, na ocasião em estágio de padronização. Apaixonado por novas tecnologias e gestão da inovação, com muitos anos de experiência em desenvolvimento de software, hoje lidera um time criativo que realiza pesquisas e projetos principalmente nas áreas de processamento de sinais, inteligência artificial, realidade virtual, computação, eletrônica e IoT.

A importância do desafio e da co-criação para inovação

Ao deparamos com a palavra inovação de imediato somos levados a pensar em desbravar o estado da arte, com proezas como a vacina do câncer ou carros movidos a água – esta é a Inovação com “I” maiúsculo. Mas há também uma iNOVAÇÃO com ‘i’ minúsculo que contempla a solução dos desafios do nosso dia-a-dia. A iNOVAÇÃO tem o seu suporte em tecnologias já existentes e nem por isso é menos complexa. Adepta do slogan “menos é mais”, a iNOVAÇÃO digital em muitos casos tem uma complexidade, por exemplo, passível de realização através de um aplicativo de celular.
A PUC-Rio aplica a metodologia de aprendizado baseado em desafios (CBL) com ciclos enxutos de co- criação, onde grupos multidisciplinares investigam oportunidades e desenvolvem soluções transformadoras para diferentes industrias. Nessa palestra compartilharemos algumas destas experiências baseadas em desafio e seus resultados.

Palestrante: Rafael Nasser - Coordenador Técnico do Departamento de Informática da PUC-Rio

Consultor, pesquisador, professor e empreendedor da área de Tecnologia. Graduado em Engenharia de Computação, Doutor e Mestre em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Coordenador Técnico do Departamento de Informática da PUC-Rio, onde atua com especial olhar para o fortalecimento da cooperação Universidade-Empresa e da multidisciplinariedade. Lidera o enfoque de inovação em diferentes núcleos e iniciativas da PUC-Rio, como, por exemplo, o Laboratório de Engenharia de Software (www.les.inf.puc-rio.br), o núcleo de direito e tecnologia Legalite (www.puc-rio.br/legalite), os Programas de Inovação Tecnológica (e.g. www.globolabdados.com.br e www.puc-rio.br/insurtech) e a iniciativa de educação digital, gratuita e democrática ECOA PUCRIO (www.puc-rio.br/ecoa). Dentre suas atuais prioridades de ensino e pesquisa estão: Blockchain/DLT & Smart Contracs; Data Science & Artificial Intelligence; Internet of Things; e Innovation and Entrepreneurship.

O poder das hackathons aplicadas a equipes internas

Com sede em Genebra na Suíça, a MCI está presente em mais de 31 países com 60 escritórios. No Brasil, onde se instalou em 1987, vem atendendo o mercado corporativo de eventos com experiências presenciais, híbridas e digitais para criar soluções inspiradoras para os seus clientes.
Em um ambiente onde precisamos estar conectados a tecnologia, a inovação e aos avanços do mercado para unirmos e encantarmos o nosso público a todo momento, a realização dos hackathons para as equipes internas da empresa tem sido uma experiência estratégica para o cumprimento da nossa missão.

Palestrante: Ney Neto - Diretor de Inovação da MCI Brasil

A carreira de Ney Neto no segmento MICE começou cedo, na Maringá Turismo em 1994, seguindo uma tradição familiar, onde diversos parentes atuavam no setor de viagens. Geek e fã de videogames, sempre foi um entusiasta da tecnologia e teve a chance de participar da implementação de sistemas como o Sabre, e ferramentas de gestão e relatórios de eventos, SMMP. Músico, contrabaixista, é também um reconhecido produtor de shows e festivais, e foi um dos primeiros talentos a unir-se a MCI no Brasil, migrando então da Alatur, onde atuava como gerente de eventos médicos, para a agência multinacional especializada em congressos e eventos. Hoje, como diretor de inovação, é a conexão entre a agência e o ecossistema de startups e desenvolvedores. Diretor de inovação e palestrante residente da Campus Party, Ney orgulha-se de uma carreira onde MÚSICA, tecnologia e criatividade coexistem.