A Evolução Contínua dos Codecs de Áudio e Vídeo

A evolução contínua dos codecs de áudio e vídeo

A distribuição de mídia vem pasando por uma evolução contínua, impulsionada pelo consumidor
que demanda por maior qualidade e novas aplicações.
A demanda por streaming de vídeo de alta qualidade associado à disponibilidade
de dispositivos de alta resolução, criou a necessidade de uma nova geração
de codecs de áudio e vídeo para fornecer áudio / vídeo de alta qualidade a taxas de bits mais baixas.
A chegada da TV 4K, assim como o compartilhamento de tela de alta qualidade e novas aplicações, tais como
Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR) vem demandando uma maior eficiência da tecnologia de compressão.

Moderador: Carla Pagliari - Professora Associada - Pesquisadora - IME (Instituto Militar de Engenharia)

Possui doutorado em Electronic Systems Engineering - University of Essex (1999), Inglaterra e atualmente é professora do Instituto Militar de Engenharia. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Processamento de Imagens, atuando principalmente nos seguintes temas: codificação de vídeo estéreo, sistemas estéreo, muiti-view synthesis, video streaming e TV digital. Participou da definição do Sistema Brasileiro de Televisão Digital na parte da recomendação de adoção do codec de vídeo H.264/AVC. É integrante da Diretoria de Ensino da Sociedade de Engenharia de Televisão-SET. Tem projetos nas áreas de fusão de imagens na região do infra-vermelho, vídeo sobre IP para aplicações em segurança pública, TV digital e contribui com grupo do JPEG Pleno.

Sistemas de Compressão de Vídeo para Produção e Troca de Programas em um Mundo de Aplicações UHD e HDR

Esta apresentação discutirá o status dos desenvolvimentos recentes na área de compressão de vídeo, que são projetados principalmente para distribuição de mídia genérica por meio de serviços OTT.
Além disso, será apresentada uma análise para a seleção de um codec de alta qualidade para uso na produção e troca de programas entre emissoras para aplicações UHD e HDR. Em especial, o uso onipresente de profundidade de pixel de 10 bits no processamento, armazenamento e interfaces na transmissão coloca restrições visíveis na qualidade do material HDR e, portanto, uma otimização mais cuidadosa das estratégias de codificação é necessária para se ter codecs aceitáveis para as novas operações UHD e HDR.
A palestra será concluída com uma descrição de um codec selecionado no Japão para uso nos novos serviços HDR da UHD, que começarão em dezembro de 2018.

Palestrante: Hugo Gaggioni – Chief Technology Officer – Sony Professional Solutions Americas

Formado em Telecomunicações, Engenharia de Sistemas e Engenharia Eletrônica pela Universidade de Essex em Colchester, Inglaterra; Universidade da Pensilvânia e Universidade de Columbia, respectivamente. Gaggioni, na Sony desde 1988, possui várias patentes e foi autor de mais de 40 publicações técnicas nas áreas de compressão de vídeo, bancos de filtros digitais, dispositivos e sistemas HDTV e UHDTV. Antes de ingressar na Sony, ele trabalhou na RCA Corp. e Bell Communications Research. Com interesses de pesquisa que vão desde processamento de vídeo digital e imagem e teoria da informação até compressão de vídeo / áudio e processamento de sinal multidimensional, Gaggioni participou de mais de 15 conferências internacionais nas áreas de HDTV, UHDTV e sistemas de compressão de banda larga. Ele também deu inúmeras apresentações e cursos de tutorial sobre processamento de sinais e tecnologias avançadas de vídeo em eventos internacionais patrocinados pelas organizações SMPTE, IEEE, SET e Eurasip.

Fazendo os novos codecs funcionar no mundo real – distribuição de conteúdo, containers, perfis de mídia e descoberta de capacidade

Há uma grande lacuna entre o desenvolvimento de codecs de áudio e vídeo no laboratório e sua implantação de maneira interoperável numa industria de mídia,dinâmica, e desafiada por uma diversidade de dispositivos.
Esta palestra é sobre como preencher essa lacuna. Veremos como os codecs devem ser empacotados para uso mais amplo, como movê-los através de CDNs em escala, os mecanismos para os players de mídia descobrirem quais codecs um dispositivo pode suportar e quais esforços estão em andamento no mundo de padrões para trazer aos consumidores novos codecs interoperáveis.

Palestrante: Will Law - Media Chief Architect - Akamai Technologies

Will Law é o Arquiteto chefe da Akamai. Envolvido com streaming de mídia na Internet nos últimos 18 anos, escreveu muitas das primeiras estruturas de conexão de mídia da rede Akamai. Atualmente seu foco está em MPEG-DASH, baixa latência, distribuição UHD, entrega VR, CMAF, WebRTC e comutação multi-bitrate. Presidente do DASH Industry Forum, Vice-Presidente do Projeto CTA WAVE, possui mestrado em Engenharia Aeroespacial e um MBA. Trabalhou anteriormente para startups da Adobe, da Internap e da mídia.

Tecnologias de codificação de áudio xHE-AAC e MPEG-H para OTT

O xHE-AAC tem suporte nativo no próximo sistema operacional móvel Android P do Google. O codec combina máxima eficiência de codificação, comutação de taxa de bits contínua, Loudness MPEG-D DRC obrigatório e Controle de Faixa Dinâmica, o que o torna a solução ideal para serviços de streaming de áudio e vídeo, bem como transmissão de rádio digital.
Com recursos novos e empolgantes, como áudio imersivo e interativo, o MPEG-H Audio foi adotado como a solução comum para aplicativos de transmissão, transmissão e VR / AR.

Palestrante: Alfonso Carrera - Desenvolvimento de Negócios EMEA-LATAM

Dr. Alfonso Carrera obteve seu Ph.D. Em Engenharia Elétrica pela Universidade Erlangen-Nuremberg (Alemanha) e seu MBA Executivo pelo Instituto de Empresa (Espanha). Ele trabalha como consultor externo da Fraunhofer IIS em estratégia e desenvolvimento de negócios

Compressão de mídias imersivas: iniciativas MPEG / JPEG e participação brasileira pela primeira vez

A Realidade Aumentada (Augmented Reality), a Realidade Virtual (Virtal Reality) e a “Mixed Reality” nos proporcionarão experiências mais imersivas, com expectativa de crescimento significativo do tráfego relacionado  nos próximos anos. Portanto, sistemas de compressão, representação, armazenamento e distribuição eficientes de conteúdo imersivo são necessários. Discutiremos os esforços mais recentes dos órgãos de padronização: MPEG-I e JPEG Pleno. Ambos estão atualmente em desenvolvimento para a compactação de formatos desafiadores, como nuvens de pontos (point clouds) e campos de luz (light fields). Uma equipe conjunta de compressão de mídia de especialistas brasileiros da indústria e da academia têm contribuído ativamente com tecnologias inovadoras para esses padrões futuros. A criação da delegação oficial brasileira (primeira na América Latina para o “ISO / IEC JTC 1 / SC29”) está atualmente em discussão com a ABNT / ISO e convidamos todas as partes interessadas a participar desse esforço nacional!

Palestrante: Dra. Vanessa Testoni - Pesquisadora - SRBR - Samsung Research Institute Brazil

Vanessa Testoni é a líder de pesquisa em normas de meios de comunicação na SRBR (Samsung Research Brazil), onde seu trabalho é uma mistura de codificação de imagem e vídeo, processamento e transmissão, padrões de vídeo (codecs e protocolos de transporte de rede), realidade aumentada/virtual/mixada (especialmente aplicativos para campos de luz e nuvem de pontos), aprendizagem de máquina, processamento de sinal digital, computação visual e teoria de informação. Ela recebeu seu diploma de ciência da computação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (Brasil) em 2002 e seu diploma de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Paraná - UFPR (Brasil) em 2004. Em 2000 ela entrou para a Siemens Telecomunicações, onde ela trabalhou até 2004. Ela recebeu seus títulos de Mestrado e Doutorado em Engenharia Elétrica da Universidade de Campinas – UNICAMP (Brasil), respectivamente, em 2006 e 2011. Logo após sua graduação, ela entrou para a Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD - USA) como funcionária pós doutoranda até entrar na Samsung como pesquisadora em 2013. Ela é uma profissional .NET Microsoft certificada e, em 2009, ela foi a única brasileira doutorando a receber o Prêmio Microsoft Research PhD Fellowship. Em 2014, ela recebeu o prestigioso MIT TR35 (Jovens Inovadores abaixo dos 35) na primeira edição brasileira da premiação. Ela trabalhou ativamente como membro do comitê de programas, palestrante e revisadora em vários eventos e publicações de multimídia. Em 2016, ela foi eleita como membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e também como membro da IEEE SPS (Sociedade de Processamento de Sinais), filial de São Paulo. Ela é autora/coautora de mais de 20 publicações científicas (incluindo trabalhos para conferências e periódicos revisados somente por pares) e de aproximadamente 10 patentes. Em 2018, ela foi promovida a membro sênior da IEEE.